sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Circuitos: Jarama

Construído em 1966 e inaugurado um ano mais tarde, o circuito de Jarama foi o primeiro e único traçado pemanente em Espanha durante vinte anos. No entanto, a construção dos circuitos de Jerez, Montmeló e, posteriormente, de Cheste - muito mais modernos - relegaram-no para segundo plano.

O traçado foi projectado pelo engenheiro holandês Hugenholzt, mas foi o espanhol Sandro Rocci quem dirigiu e supervisiono a sua construção.

A sua inauguração oficial teve lugar em 1967 com a disputa de uma prova de do Campeonato do Mundo de Fórmula 2 ganha por Jim Clark.

O Mundial de Velocidade assim como a Fórmula 1, levaram um pouco mais de tempo para "pisar" o seu asfalto, uma vez que só em 1974 é que o complexo preencheu todos os requisitos e instalações próprios dos circuitos, então denominados de modernos: uma bancada principal com 2650 lugares, boxes com 23 "espaços" para receber as diferentes equipas, uma torre de controlo, uma torre "conta-voltas" e diversos pontos de controlo e socorro espalhados ao longo do traçado - construíram-se ao todo onze pontos -. Tudo única e exclusivamente com capital privado, proveniente do Real Automóvil Club de España (RACE), que é, desde sempre, o seu proprietário.

Pelo seu asfalto já passaram as maiores figuras do desporto motorizado: Jim Clark, Graham Hill, Jackie Stewart, Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Ángel Nieto, Giacomo Agostini, Phil Read, Freddie Spencer, Ricardo Tormo, Eddie Lawson, Eugenio Lazzarini....entre outros.
A sua última remodelação ocorreu em 1990.

Uma vez que o circuito de Jerez já se encontrava a funcionar em pleno e a inauguração de Montmeló (Barcelona - Catalunha) estava para breve, o traçado madrileno necessitava de uma profunda remodelação para recuperar a sua importância. As principais alterações, introduzidas para melhorar sobretudo a segurança, verificaram-se na curva do final da recta principal e no "troço" compreendido entre as curvas Ascari e Portago.


As obras foram ainda aproveitadas para renovar os acessos e instalações do recinto, que passou a ocupar uma superfície de mais de 42 hectares.

O circuito de Jarama caracteriza-se por ser um traçado bastante técnico e difícil, mas com bom nível de segurança para os pilotos. As suas treze curvas - oito para a direita e cinco para a esquerda - são dos mais variados tipos: lentas, rápidas, de raio variável, mudanças de relevé. Há umas que são mesmo relativamente difíceis de negociar, embora felizmente exista sempre mais dos que uma trajectória possível para as superar com a máxima segurança.

2 comentários:

Blog F1 Grand Prix disse...

Jarama era uma espécie de Hungaroring da época. Uma pista travada e com alguma dificuldade de ultrapassagem. Mas que foi palco de uma das maiores exibições da história: a de Gilles Villeneuve em 1981.

Grande abraço!

Anónimo disse...

quem é o lazarini??????