Estávamos no dia 18 de Julho de 2003 (Sexta-feira) e a Fórmula 1 rumava a Silverstone para aquele que seria um emocionante Grande Prémio que acabou por premiar o brasileiro da Ferrari, Rubens Barrichello.
No Sábado, nos treinos cronometrados, "Rubinho" deu espectáculo e alcançou a "pole-position" com um tempo auspicioso de 1:21.209, colocando Jarno Trulli, em Renault no segundo lugar da grelha de partida e Kimi Raikkonen, em McLaren na terceira posição.
Chegávamos finalmente ao dia da corrida, e tudo apontava para que esta corrida viesse a ser dominada pelo Ferrari de Rubens Barrichello, contudo tal não sucedeu, pelo menos na parte inicial da corrida, em que após a largada o brasileira caiu da primeira para a terceira posiçao, deixando Jarno Trulli no comando da corrida.
Trulli não iria alcançar uma vantagem sinificativa, visto que pela sexta volta, David Coulthard viu um componente do seu McLaren soltar-se, o que segundo os comissários colocava a corrida em risco, o que deu origem à entrada do Safety-Car em pista.
Com a entrada do Safety-Car, Coulthard e os dois pilotos da Toyota (Olivier Panis e Cristiano da Matta) foram às boxes, o que alterou a sua estratégia de corrida já que tinham iniciado a corrida com uma estratégia programada para três paragens para reabastecimento.
Contudo, os problemas não ficaram por este episódio, pois logo de seguida, pela volta doze, um insólito espisódio voltou a repetir-se na Fórmula 1, com um adepto a invadir a pista, em trajes tipicos escoceses, com cartazes a "atacar" o até então presidente da Associação de Pilotos de Inglaterra, o ex-piloto de Fórmula 1, Jackie Stewart, que administrava também o circuito de Silverstone. O adepto, estava precisamente no meio da pista, onde os bólides circulavam a cerca de 200km/h, o que colocou a vida do espectador em risco. O espectador viria a ser detido e levado para interrogatório.Relembre-se que tal episódio, tinha sucedido pela ultima vez em Hockenheim, no Grande Prémio da Alemanha de 2000, o que coincide curiosamente com uma vitória de Rubens Barrichello (nesse Grande Prémio seria a primeira da sua carreira).
Novamente o Safety-car em pista devido ao espectador, mas desta vez iria ter proporções diferentes, visto que, alteraria por completo a táctica dos diferentes pilotos. Barrichello entrou à frente de Michael Schumacher, o que levaria a que o alemão esperrasse pelo final da operação de box do seu colega de equipa, tendo caído para a 15ª posição.
O Safety-Car saiu de pista e na "relargada" o trio da frente era composto exacamente por Coulthard, Da Matta e Panis que tinham optado por parar anteriormente. Em seguida vinham Trulli e Raikkonen, com o finlandês na primeira volta sem Safety-Car a recuperar até ao segundo posto, tendo ultrapassado Trulli, Panis e Da Matta.Em completa recuperação, Rubens Barrichello proporcionou um dos melhores momentos da corrida, quando ultrapassou o Williams de Ralf Schumacher, ascendendo assim para sexto.
Após nova ronda de reabastecimento, Rubens Barrichello e Kimi Raikkonen estavam os dois nas duas primeira posições, com o brasileiro a tentar com todos os seus meios, ultrapassar o finlandês, façanha que Barrichello iria conseguir pela 45ª volta, atacando ferozmente o finlandês, ascendendo assim à primeira posição, posição essa que não largaria mais até ao final da corrida.
No final, Rubens Barrichello subiu ao primeiro lugar do pódio pela primeira vez em 2003 e pela sexta vez na sua carreira, fez soar o hino brasileiro pelas suas "conquistas" na Fórmula 1. Montoya (segundo) e Raikkonen (terceiro) acompanharam o brasileiro no pódio.Pontuaram também, Michael Schumacher que recuperou de 15º para lograr uma quarta posição final; Coulthard foi 5º, Trulli foi 6º, Da Matta 7º e Button terminou o "seu" Grande Prémio em oitavo.
O fim de semana foi perfeito para Rubens Barrichello visto que para além da "pole" e da vitória, o brasileiro alcançou também a volta mais rápida de corrida!
1 comentário:
Ótimo post! Pena que o carro da Honda atual impeça o Rubinho de brigar por vitórias...
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