segunda-feira, 30 de julho de 2007

A Telemetria

A informática e tecnologia entraram em força no Mundo do desporto motorizado, a tal ponto que hoje é praticamente impossível afinar uma "máquina" de alta competição sem ela (tecnologia). Dados e mais dados tornaram-se imprescindiveis para extrair todo o potencial de carros e motas de competição.


Não existe a mínima dúvida que a telemetria é um dos meios ais espectaculares e aliciantes de aliar a informática/tecnologia à competição.
Podemos dizer que a telemetria é uma técnica que permite medir e armazenar, mediante diferentes dispositivos electrónicos, uma enorme quantidade de dados acerca do comportamento da "máquina" (carro, mota...) durante corridas e treinos.
Actualmente, a telemetria, é certamente uma das ferramentas mais valiosas das equipas de alta competição, funciona como instrumento que lhes permite acelerar uma afinação - ou seja, perder menos tempo a afinar a "maquina" - e corrigir prontamente qualquer tipo de problema.
Como tantas outras soluções "informáticas", a telemetria surgiu na Fórmula 1 e foi aplicada há cerca de uma década no Mundo do Motociclismo, tendo-se tornado em pouco tempo um dispositivo indispensável no Mundo da Velocidade.
De um modo geral foi adoptada por equipas de velocidade, mas em casos excepcionais também foi aplicada a modalidades como o cross e o trial.
O funcionamento da telemetria assenta essencialmente na recolha e no processamento de dados que são fornecidos por diversos sensores, colocados estrategicamente em pontos-chave do carro, mota...
Os sistemas telemétricos podem ser utilizados para corrigir falhas ou vícios de pilotagem. Também permitem medir a temperatura dos pneus, a pressão do óleo, os cilindros, a temperatura do motor, as rotações desse mesmo…mediante do local onde foi colocado o já referido sensor.
Todos esses sensores enviam os seus dados a um “porto” localizado na “máquina”. A partir desse “porto”, a informação é transferida para um computador onde é depois examinada. Nesse exame é possível visualizar as voltas com os dados de todos os sensores e a partir daí escolher os gráficos que mais interessam ou simplesmente escolher a parte do traçado/sector do traçado e analisar o comportamento global da “máquina” nesse ponto concreto do circuito.
A “CHIBATA”:
Outra das utilidades da telemetria é o controlo de pilotagem. Se o piloto muda de velocidade no momento adequado ou às rotações ideais, se trava tarde ou demasiado cedo, e mesmo se segue a linha de trajectória ideal. Todos estes dados permitem que o piloto aperfeiçoe o seu estilo de condução ou se adapte melhor aos diferentes traçados em que vai disputar uma determinada prova.
Tenhamos em conta que a telemetria põe a descoberto erros que jamais detectaríamos à vista desarmada. Também se descobre a partir desta as razões de determinadas falhas mecânicas, de maneira a evitar que estas se repitam.
Resumindo:
Não escapa nada às equipas desde o dia em que a telemetria entrou pelas suas vidas!

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